Solstice (Epílogo *FIM*)

Muito obrigado pelos comentários!!

Kiss***

6 p.m. to 7 p.m.

Quebramos o beijo, sinto-o afastar-se aos poucos e abro os olhos. Ele olha-me a poucos centímetros da minha face.

- É errado, não é? – pergunta-me.

Não lhe respondo, a minha mente deixou de pensar no que está errado e no que está certo. Deixei de raciocinar com clareza desde que ele apareceu na minha vida, desde que o seu cheiro me entorpeceu os sentidos pela primeira vez. Ele deu uma volta de 180 graus à minha vida e agora não sei como fazê-la voltar ao ponto inicial. Talvez não o queira fazer, talvez não o deva, talvez deva aceitar o que destino me reservou, para o bem ou para o mal. Errado? Certamente. O amor entre dois inimigos naturais só pode ser errado.

- Tens noção de que nos podemos matar? – pergunto-lhe.

Se qualquer um de nós perder o controlo sobre a força que detém, podemos acabar por nos matar. Ignorar isso é o mesmo que dar um passo na beira do abismo, é uma declaração de suicídio. Suicídio? Tantas vezes pensei nisso e cheguei à conclusão que um imortal não se pode suicidar. Hoje, a conclusão é outra. Apaixonar-me por ele, deixar-me envolver pelo meu inimigo, foi o mesmo que colocar a corda no pescoço com as minhas próprias mãos. Não renunciar a esse amor é o mesmo que dar a ordem de execução.

- Nunca vou perder o controlo contigo… - garante-me, olhando-me nos olhos.

Sorrio e olho para baixo, para as minhas roupas manchadas do seu sangue. Ele afasta-se e olha também para a minha roupa.

- Se não perdi o controlo hoje…Já não o devo perder. Desde que me mantenha alimentada.
- Hoje quase perdias. Foi estranho, o teu olhar…Negro. – passa a mão suavemente pela minha cara.
- Só me alimentei no dia que cheguei. E a refeição não foi muito grande, não queria dar nas vistas. Não estando alimentada é mais difícil.

Aproximo-me dele e inalo o seu odor junto ao seu pescoço. Vejo-o engolir em seco e sorrio. Volto a colocar-me na sua frente.

- Tens medo de mim?

Ele nega com a cabeça sorrindo-me. Aproximo-me, novamente, dele e colo os meus lábios aos seus. Ele envolve o meu corpo com os braços, puxando-me para o seu colo. Coloco os braços em volta do seu pescoço e deixo que os sentimentos falem mais alto. Não consigo evitá-lo. Já é tarde demais.
Quando finalmente nos larga-mos, olho o seu rosto. Cansado. Observo o seu pescoço. Uma pequena marca permanece lá.

- É melhor dormires! O teu dia foi agitado.

Ele deixa-se cair para trás, largando o meu corpo. Pousa a cabeça na almofada e adormece serenamente. Mais uma vez fico a vê-lo dormir. Apago a luz e fico sentada na beira da cama a observá-lo, à espera que a manhã chegue.
Passado algumas horas, vejo os primeiros raios de luminosidade entrarem pela janela. Levanto-me da cama sem fazer barulho e abro o armário. Retiro de lá uma camisola lavada. Retiro a minha do corpo e observo-me no espelho, a pequena curva entre o pescoço e o ombro esquerdo. A cicatriz branca. A marca perfeita dos dentes do meu criador. Visto a camisola e olho para o vestido pendurado cuidadosamente, acaricio o seu tecido.

- O vestido é teu?

A voz de Jacob, nas minhas costas, assusta-me. Volto-me rapidamente para ele. Ele observa-me ainda deitado na cama, mas virado para o lado do armário.

- Estás acordado à muito tempo?
- Apenas o suficiente para te ver acariciar o vestido.
- Espero que saibas que te posso ler os pensamentos, por isso não me mintas. – ameaço-o.
- Não estou a mentir. Havia alguma coisa para eu ver antes disso?

Percorro a sua mente, os seus pensamentos, a mesma pergunta a pairar. De quem é o vestido.

- Não havia nada para veres. – sorrio – O vestido é meu. Era o que usava quando… - interrompo-me e volto a olhar o vestido.
- Quando foste transformada?

Aceno afirmativamente sem olhar para ele. No segundo seguinte sinto o seu abraço quente envolver-me, e os seus lábios tocarem a pele do meu pescoço. Um beijo simples, em sinal de “bom dia”.

- Tenho de ir falar com os Cullen. Eles têm de saber o que aconteceu. – digo-lhe, observando o nosso reflexo no espelho.

Ai que fofinhos *.*
Agora quero saber a reacção do Jacob quanto á parte de ela ir falar com os Cullen sobre eles
Tou a gostar muito *.*
Posta rapido (:

Absolutamente LINDO

Li 3 caps seguidos. :D

E voltava a fazê-lo.

Uma vampira e um lobisomem woow estranho. Mas beijaram-se yey yey yey

isto vai ser de arrasar. *.*

Continua liebe. :D

Küss

estou completamente babada ^^

eles ficam giros juntos


o que sera que o cullen dira?
o que dirao todos?

Ai que lindo *.*

Um romance entre vampiros e lobisomens... *.*

Adoro esta fic, sou completamente viciada...

Continua rapido por favor =D

Hello<!!´
Adorei este!
Mais Kiss

Muito obrigado pelos comentários!!

Kiss***

7 p.m. to 8 p.m.

Saio da pensão com Jacob, ele diz que é melhor voltar a La Push e falar com o pai e com a alcateia. Preparo-me para me separar dele, mas quando viro as costas ele puxa-me pelo braço. Envolve-me nos seus braços e beija-me carinhosamente. Depois separa-se de mim e deposita um beijo na minha testa. Ele começa a descer a estrada a pé e eu sigo no sentido contrário.
Olho para trás algumas vezes, vendo Jacob ao longe. Caminho vagarosamente, tentando passar despercebida aos olhos dos restantes transeuntes. Tarefa difícil, visto que vários olhares se voltam na minha direcção enquanto caminho.
Enveredo pelo caminho de terra batida até à casa dos Cullen. Quando começo a vislumbrar a casa, uma outra presença chama a minha atenção. Alice espera-me na porta da casa, com os braços cruzados, encostada na parede ao lado da porta.
Aproximo-me da entrada, o seu olhar meio ausente não se altera. Olha-me seriamente.

- Vi-te subir a estrada. Sei o que vieste fazer. Mas não lhes disse. Tens a certeza?
- Tiveste quanto ao Jasper? – pergunto-lhe em resposta.

Abre mais os olhos, espantada com a minha pergunta. Sorri e desencosta-se da parede. Olha para o chão e depois de novo para mim.

- O caso é um pouco diferente. Mas nunca podemos ter a certeza de nada. As minhas visões mostraram-mo e eu assumi que estávamos destinados, podia não ter obedecido ao que vi. Podia ter uma vida completamente diferente agora.

Afasta a porta e cede-me a passagem. Na sala estão Edward e Carlisle. Edward avança na minha direcção e acompanha-me até ao sofá, como se eu fosse uma visita de muita cordialidade. Alice senta-se ao meu lado e os dois homens no sofá em frente. Olho em volta, esperando que os outros apareçam. Mas ninguém mais aparece. Alice percebe o meu movimento e apressa-se a responder à questão que me vaguei na mente.

- Saíram todos. Só estamos cá nós. – sorri.
- O que tens para nos contar? – a voz de Edward faz-me deslocar a minha atenção para ele.

Engulo em seco e remexo as mãos uma na outra, qual criança acabada de fazer uma asneira, volto a olhar em frente e o meu olhar alterna entre Edward e Carlisle. Qual dos dois ficaria mais chocado com a novidade, notícia, revelação? Afinal o que é isto que vou fazer? Um comunicado, apenas. Não venho pedir autorização a ninguém, para nada.

- Ela e o Jacob estão apaixonados um pelo outro.

A voz de Alice faz-me engasgar com o próprio ar. A frieza com que o diz, rápida e concisa. Olho para os dois homens dispostos diante de nós e ambos me olham com um misto de espanto e horror.

- Um lobisomem? – Carlisle é o primeiro a falar.

Não me atrevo a ler os pensamentos de nenhum dos dois. Mas um súbito sorriso dança nos lábios de Edward, o que me faz despontar a curiosidade. Vasculho a sua mente por meros segundos, o suficiente para descobrir o motivo da alegria. Finalmente, Jacob vai desimpedir o seu caminho. O seu sorriso desvanece-se e é a sua vez de falar.

- Tu estás doida? Ele é um lobisomem! Não podes.
- Não vim pedir autorização. Vim apenas comunicar. Eu sei o que ele é e ele sabe o que eu sou. Está tudo esclarecido.

Edward olha-me chocado. Não pronuncia nem mais uma palavra, limitando-se a olhar-me desagradado. Subitamente, sinto a mão de Alice agarrar a minha com força. Olho-a. O seu olhar está vazio e perdido. Muito longe daqui. Os dois homens transponhem a distância que os separa de nós e ajoelham-se em frente a Alice.
O seu olhar volta à vida. A sua mão livre passa para a sua cabeça, mantendo a outra firmemente apertada sobre a minha.

- O Aro vem aí!



Jacob entra no caminho de terra que permite o acesso à aldeia. Olha em volta, esperando ver Sam, ou qualquer um dos outros, aparecer a qualquer momento. Nenhum aparece. Faz todo o caminho até casa a olhar para trás e para os lados, a vila está estranhamente silenciosa.
Chega à porta de casa. Respira fundo enquanto pousa a mão sobre o puxador. Abre a porta e espreita para dentro. Não vê ninguém, a casa está completamente vazia. Dirige-se para o seu quarto e abre o armário. Troca de roupas e pega numa mochila velha, guardada no fundo duma gaveta. Retira algumas roupas de dentro do armário e guarda na mochila. Esconde a mochila debaixo da cama.

- Para o que der e vier.

Sai do quarto e senta-se no sofá da sala. Olha em volta, será que poderia viver ali depois do que aconteceu?
A porta da casa abre-se devagar, despertando-o dos seus pensamentos. Vê a cadeira de rodas do pai cruzar a entrada. Levanta-se. Billy entra e olha Jacob, parecendo surpreendido por o ver ali.

- Pensei que não voltarias…
- Pai…
- Eu já sei o que aconteceu. O Sam contou-me tudo, deixaste-o inconsciente mas o Embry e o Quil trouxeram-no de volta. Ainda bem que pensaste melhor e decidiste voltar para onde pertences, sem esses vampiros.
- Eu não desisti dela. Tu, melhor que ninguém, sabe que não posso desistir dela.
- Não somos obrigados a seguir todos os desígnios, Jacob. Não podes estar com ela e com a tribo ao mesmo tempo. Chegou a hora de escolheres. Ou a vampira ou a tua família.

Jacob engole em seco e baixa o olhar. Não esperava que o pai fosse tão frio e intransigente. Pensava que ele compreenderia. Que o apoiaria. Afinal ele é um dos mais antigos da tribo, ele sabe que não podem renunciar ao seu destino, à sua impressão natural. Cerra os punhos e olha o pai de frente.

- Ela… Eu fico com ela…

Billy assente. E desimpede a passagem para o quarto de Jacob, deslocando-se para junto da porta, deixando-lhe o caminho livre.

- Tens a certeza que ela te vai receber?

Jacob caminha até ao quarto e ouve a pergunta do pai quando já se encontra no seu interior. Volta-se para trás e espreita na porta.

- Tenho a certeza. – sorri, convicto das suas palavras.

Billy fica sério perante as certezas do filho. O seu único filho está a abandoná-lo, a trocá-lo a si e a toda a sua história de vida, por uma vampira, pela pior inimiga de sempre dos Quilleute.
Jacob pega na mochila, colocada anteriormente debaixo da cama, e sai do quarto. Coloca-a ao ombro e olha uma última vez para o pai, antes de abandonar a casa, fechando a porta atrás de si.
No exterior Embry e Quil observam a casa. Jacob vê-os mas não lhes diz nada, vira as costas à casa e segue o seu caminho.

- Jacob!

A voz de Quil chega até ele, levada pelo vento. Não se volta, não responde. Está na hora de dizer adeus à aldeia e aos seus amigos. Aos amigos que não compreenderiam as suas decisões.

Ah grande Jacob xD
Ele é tao fofinho *.*
Acho que a parte do Aro não vai ser do melhor
Tou a adorar :D

Nao estava à espera desta decisão dele...

porque nao gosto dele. XD lalala

Mas sim senhora. Muito bem escolhido. :D

Grande prova de amor. ^^


uuuuh, quase me deu um arrepio quando a Alice disse Aro, que será que ele vai fazer lá?

AI Chris, posta o proximo cap o mais depressa possivel. pleaseeee

Küss

Adorei!
Está fantástico!
Kiss

tadinho !!

ningum osmpercebe =/

Foi amelhor decisão que ele podia ter tomado

OMG! O Jacob deixou tudo por amor :) fantastico.

8 p.m. to 9 p.m.

Alice levanta-se do sofá e larga a minha mão. Velozmente, percorre a sala de uma ponte a outra saindo por uma porta camuflada. Edward e Carlisle falam baixo um com o outro, já em pé. Apenas eu permaneço sentada, sem perceber o porquê do alvoroço. Quem é Aro? O que tem de especial a vinda dele?

- Desculpem a minha ignorância…Mas quem é Aro?
- O Aro é um Volturi… - Edward parece preocupado.

Volturi…Esse nome já conheço, apesar de não saber o nome de cada um, sei quem eles são. Realeza. Lei.

- Por que é que ele vem para aqui? O que é que vocês fizeram?
- A Bella. Ele vem atrás da Bella. – é a vez de Carlisle responder.

Edward já não ouve a resposta. Sai pela porta da frente a grande velocidade. Carlisle dá alguns passos impacientes de um lado para o outro da sala. Depois pára. Ergue a cabeça olhando na minha direcção.

- Ficas cá para quando ele chegar? Toda a ajuda é bem-vinda.
- Claro. Vou só buscar algumas coisas à pensão. Fico cá já hoje.
- É melhor. Não convém que Aro sinta o cheiro de Jacob em ti. – volta a caminhar.

Levanto-me do sofá e dirijo-me à porta. Saio sem mais palavras. Aro vem à procura de Bella. Ela é humana e sabe o maior segredo de um vampiro, aliás, de oito vampiros, se contarmos comigo também, a sua identidade. Para além disso, parece também saber quem os Volturi são. Eles não deixarão tamanha falha em branco. Se ela não for um de nós eles quererão matá-la.
Chego rápido à pensão. Antes de entrar espreito para as traseiras. Jacob está sentado no chão ao lado da mota, que acabei por não usar. A mochila velha pousada junto aos pés, os braços a envolverem as pernas, deixando a cabeça pousada sobre os joelhos. Sente a minha presença e ergue o olhar. Olho para a mochila e depois para ele. Sorrio-lhe. Ele, finalmente, sorri em resposta. Estico o braço e ele aceita a minha mão que agarra, erguendo-se do chão. Juntos subimos até ao meu quarto. Entramos e fecho a porta atrás de mim.

- Vou ter de te deixar… - ele olha-me assustado – por uns dias apenas. Tenho de estar em casa dos Cullen. Vem aí um vampiro importante, realeza… Não posso ter o teu cheiro quando ele chegar.
- Voltas?
- Claro que sim! – asseguro, sem nem eu própria estar convencida disso – Em poucos dias estou de volta. Ficas aqui.

Ele aceita e abraça-me. Aperta-me com força entre os seus braços, beijando-me no alto da cabeça. Solta-me e senta-se na cama, ficando a observar-me enquanto guardo roupas dentro da mochila preta. Olho Jacob através do seu reflexo no espelho, vejo que me observa atentamente. Volto a minha atenção novamente para as roupas. Guardo mais uma camisola e corro o fecho da mochila.
Sinto as suas mãos agarrarem-me pela zona das ancas, puxando-me contra si. Apoia o queixo na minha cabeça, dada a diferença de alturas entre nós e olha-nos aos dois no espelho. O perfeito contraste. A sua pele bronzeada, cor de chocolate, contra a minha pele branca como a neve. Baixa-se e afasta os meus cabelos com os dedos. Deposita um beijo carinhoso na curva do meu pescoço, no exacto local onde se pode admirar uma cicatriz brilhante.

- Vou sentir a tua falta. – sussurra junto do meu ouvido, enquanto deposita outro beijo na minha pele, desta vez junto da orelha.
- Também vou sentir a tua falta.

Volto-me para si e puxo-o para mim, colocando uma mão na sua nuca e exercendo força. Beijo-o. Um beijo de despedida. De “até já”. Ele afasta-se e olha-me. Desliza a sua mão quente pelo meu rosto.

- Posso ver-te com o vestido? Posso ver como eras antes de te tornares em vampira?
- Não digas isso alto, Jacob. Alguém pode ouvir. Vira-te.

Ele volta-se de costas para mim. Tiro a camisola e coloco o vestido pela cabeça, sempre com atenção ao espelho, para evitar que Jacob faça batota. De seguida retiro as calças e chamo-o. Ele vira-se e fica a admirar-me à distância.

- Parece um vestido de colégio. – comenta.
- Eu vivi num orfanato. O vestido era de lá.

Ele aproxima-se e abraça-me. Deposita mais beijos no meu cabelo e segue as suas leves ondas com os dedos, entrelaçando pequenas mexas neles, de quando em vez.

- Ficas linda…

Mando-o voltar-se novamente. Ele obedece e troco de roupa, novamente. Quando percebe que estou pronta volta-se, agarrando-me pela cintura e fazendo-nos aos dois cair em cima da cama. Rimo-nos os dois. O seu sorriso é incrivelmente contagiante. O seu cheiro não me incomoda nada, de algum modo habituei-me à sua presença. Fico por cima dele e sento-me nas suas pernas, observando-o deitado com as mãos atrás da cabeça a olhar para o tecto.

- Um beijo, pelos teus pensamentos. – digo-lhe sorrindo.
- Isso não vale. Tu podes ler a minha mente sem eu saber.
- Nunca o faria sem a tua autorização.

Ele retira as mãos de debaixo da cabeça e entrelaça os seus dedos nos meus, que repousavam no seu peito, sobre o fino casaco de fato de treino.

- O meu pai obrigou-me a escolher… Entre estar contigo ou com ele… Ele foi a única pessoa que esteve ao meu lado toda a minha vida.
- Devias tê-lo escolhido a ele.
- Mas eu amo-te a ti…

Amar? Alguém me ama? Nunca ninguém me amou. As palavras ditas por ele, o movimento dos seus lábios a pronunciar as palavras, fazem-me sentir como se estivesse viva novamente. Como se afinal, todos estes anos de solidão, tivessem servido para alguma coisa. Para ter alguém que me ame.
Passo os dedos pelo seu rosto e pelo seu pescoço, ele contorce-se num arrepio e segura-me pela cintura.

- Também te amo… - acabo por dizer.

Já não posso negá-lo, nem tão pouco escondê-lo. Apetece-me gritar que o amo, que o quero até ao resto da minha eternidade. Brinco com o fecho do seu casaco, abrindo-o e fechando várias vezes. Acabo por o abrir na totalidade e afastá-lo para os lados. Brinco no seu peito e nos seus abdominais, provocando-lhe arrepios á passagem dos meus dedos na sua pele.

- Jacob? Tu sabes que eu não envelheço, não sabes?
- Sim. Porquê?
- Eu vou viver para o resto da eternidade, a menos que me matem. – a imagem da chegada de um Volturi surge na minha mente – O que te acontecerá?
- Não penses nisso agora. Vive o momento. Eu estarei sempre aqui…

Não presto muita atenção à sua última frase. Pouso a mão sobre os seus abdominais e sinto a sua respiração um pouco irregular. Depois deslizo-a até ao seu peito, parando sobre o seu coração e que bate descompassado. Inclino-me e debruço-me sobre ele, pousando a cabeça no seu peito. Ouço o batimento cardíaco dele como um som stéreo. Sorrio ao notar que o seu coração bate ainda mais descompassado.

- Que tens, Jacob? – pergunto, erguendo-me e voltando a ficar sentada nas suas pernas.
- Nada. – responde – E não leias os meus pensamentos!
- Tenho de ir.

Levanto-me e ele puxa-me mais uma vez para si. Desta vez sentando-se na cama e fazendo-me sentar no seu colo. Beija-me em sinal de despedida. E depois deixa-me abandonar o quarto.
Deixo a pensão para trás, deixo Jacob deitado na cama a ver-me partir. O seu olhar doce mas triste. Menti-lhe, garanti que voltaria rápido, mas não sei se é verdade, não sei sequer se voltarei. Se houver um confronto não ficarei de fora, não abandonarei os Cullen, não abandonarei Bella. Eles receberam-me como se pertencesse à família, eles são família.
Sem reparar muito bem no caminho que faço, chego à casa dos Cullen. Os meus pés guiam-me até enquanto estou absorta nos meus pensamentos.

Eles sao tao fofinhos. *.*
Ela vai voltar, ela tem de voltar.
Nao gosto dos Volturi..
Posta rapido :D

Espero que ele volte para o Jacob.

Adorei o capitulo. Continua, quero mais :)

Eu adoreiii!!
Pena ela ter se separado do Jacob!!
Mas pronto...
Mais
Kuss

quem e este volturi??


o que fara ele ?


ui quero o proximo ja!!

Nenhum problema de expressão...

AI god.

eles sao tao querido juntos, aqueles momentos, ate mete pena a parte de que ela vai viver para sempre e o jacob provavelmente nao. T.T

Bem, nem tudo na vida dura para sempre, nao é verdade?

Apesar de que ela nao vive propriamente a vida,porque nao ta viva. XD *confusão* xD

E como será o confronto com Aro? que irá ali fazer?

A liebe, despachê de FiFiquê.

Ela volta, certo?


Küss

Ela tem que voltar...
Continua rápido... estou curiosa

KüsS

9 p.m. to 10 p.m.

Paro em frente à porta, sinto movimento no seu interior. Bato levemente na madeira dura e a porta abre-se de imediato. Alice larga imediatamente o puxador e afasta-se para junto de Bella, sentada no sofá. Entro e fecho a porta atrás de mim. Olho em volta, todos andam de um lado para outro, apenas Carlisle mantém um ar sereno, encostado à parede mais distante.
Pouso a mochila junto ao sofá. Bella levanta-se e coloca-se na minha frente. Agarra nas minhas mãos gélidas, contraindo-se um pouco ao sentir a diferença de temperatura e olha-me suplicante.

- Ajuda-me. Transforma-me…

As suas palavras apanham-me de surpresa. Olho-a durante uns segundos e depois para Edward. Ele baixa o olhar e afasta-se.

- Aqui ninguém vai transformar ninguém, Bella. – afasto gentilmente as suas mãos.

Ela volta a sentar-se no sofá, e Edward agradece-me com o olhar indo depois para perto de Emmett que conversa com Jasper. Esme levanta-se do sofá pequeno e coloca-se atrás de Bella, afagando-lhe os ombros. A humana parece inconsolável. Aproximo-me de Edward e dos irmãos.

- O que se passa?
- Temos de arranjar maneira de a manter a salvo. Ele vem por causa dela, porque ela devia ser transformada. – Edward não me olha.
- Por que é que não o fazes? Se é a vontade dela?

As minhas palavras atraem a sua atenção. Olha-me, um misto de fúria e de indecisão, os olhos reluzentes como se estivesse prestes a chorar.

- Não é uma questão de ser da vontade dela. Não quero que ela seja isto… - aponta para si mesmo.
- O que é “isso”, Edward? Isso és tu. O homem que ela ama e que a faz acreditar que quer passar a eternidade com ela. Se não a transformares, a sua eternidade será muito efémera.

Ele não me responde. Volta-se na direcção dos sofás e olha Bella, inconsolável, sendo afagada carinhosamente pela figura maternal que Esme representa. Volta novamente o rosto na minha direcção, mas quando fala é para os irmãos.

- Temos de arranjar uma maneira de distrair o Aro.
- Eu distraio-o. – digo seriamente.

Edward olha-me surpreso. E depois olha para Jasper e Emmett. Estes também me olham incrédulos. Emmett é o mais rápido a recompor-se da surpresa.

- É uma boa ideia. Ele não a conhece. Podemos distrai-lo com os poderes dela, ele ficará interessado.
- Interessado e com vontade de a levar com ele para Itália.
- Eu não vou a lado nenhum, não estou interessada em parcerias com os Volturi. A minha vida é cá, de uma maneira ou de outra, não sairei daqui. Não deixarei que ele leve Bella, nem muito menos que a mate. Devo-te isso, por me teres tentado ajudar.
- O quê?

Edward não percebe a minha frase. Edward não se lembra, era humano e muita da nossa memória humana desvanece-se com o tempo, ficando apenas os conhecimentos e as memórias adquiridos depois de nos transformarmos. Já eu lembro-me como se tivesse sido ontem. Ele a perguntar-me se eu precisava de ajuda e a fugir no momento que tocou a minha pele gélida.
Parece relutante em aceitar a minha oferta, e curioso com a minha resposta. Olha-me atentamente, talvez tentando lembrar-se se alguma vez me tinha visto. Sorrio-lhe e inclino um pouco a cabeça. Ele abre a boca num trejeito mal organizado e abre mais os olhos.

- Tu és a rapariga que encontrei na rua. Sentada no chão com um vestido todo sujo. Eu fugi de ti, fugi quando te toquei, as tuas mãos frias. Tu já eras vampira.

Emmett e Jasper observam a nossa conversa atentamente, as suas faces mostram um claro espanto pela história.

- Tinha acabado de ser transformada. Tu ofereceste-me ajuda, mas assustaste-te com o meu aspecto, com o que eu era. Bem, com o que eu sou. E agora és exactamente o mesmo que eu. Aceitas a minha ajuda?
- Sim, acho que sim. – acaba por me responder, ainda um pouco relutante.

O movimento junto dos sofás desperta a minha atenção, tal como a dos rapazes que se encontram junto de mim. Alice encontra-se sentada hirta, costas rectas, olhar colado na parede em frente, mas sem ver na realidade. Esme encontra-se de um lado dela e Bella do outro, Carlisle de joelhos no chão olha-a com preocupação. Juntamo-nos a eles, no exacto momento em que ela desperta do transe. Não foca ninguém em especial quando começa a falar num tom preocupado e monocórdico.

- Ele já está no avião, virá directamente para aqui. – centra o seu olhar em mim – Ele vai ficar muito interessado em ti, só não consigo ver porquê.

Sinto os olhares de todos cravados em mim. Olho em volta e demoro-me um pouco em Edward. Este acena afirmativamente, agora parece mais convicto de que a distracção funcione.

- Aconteça o que acontecer, tu vais ficar a salvo. – garanto, olhando para Bella.

Ela assente, apesar de o seu olhar transmitir uma clara preocupação. Uma clara incerteza quanto ao seu destino. Uma clara ânsia por ser como nós. Um morto-vivo, algo que não pertence nem ao Mundo real nem ao outro mundo, o dos mortos. Apenas encontro uma justificação para a sua vontade tão férrea em ser vampira, o amor por Edward, a vontade de partilhar a eternidade com ele, seja essa eternidade o tempo que for.



Jacob encontra-se deitado sobre a cama do quarto da pensão. Fixa o seu olhar no tecto, como se lá se encontre algo de absolutamente precioso. Na realidade, o seu pensamento encontra-se muito longe daquela pequena divisão, dividido entre a casa dos Cullen e a sua casa em La Push. Dividido entre Morgan e o seu pai.
Pisca os olhos algumas vezes, tentando libertar-se dos seus pensamentos, acaba por abanar um pouco a cabeça, fazendo com que alguns dos seus cabelos irrequietos se desloquem até à sua cara. Passa a mão na face, afastando os cabelos teimosos e volta a olhar o tecto, desta vez o seu foco é o candeeiro disposto mesmo no centro da tela branca.
Ergue-se e olha o seu aspecto no espelho disposto sobre a cómoda, posicionada ao fundo da cama. A cama chia com a mudança de posição do seu corpo. Chia ainda mais quando decide sentar-se na beira da cama. Apoia os cotovelos nas pernas e a cabeça nas mãos. Observa os pés descalços.
Desapoia a cabeça e os cotovelos e estica o braço direito em direcção às sapatilhas a poucos centímetros de si. Agarra-as e calça-as. Levanta-se provocando um novo ruído na cama velha. Abre a porta e olha uma última vez para o interior do quarto. Sai e fecha a porta. Roda a chave na fechadura accionando o mecanismo. Antes de retirar a mão do puxador e retirar a chave, olha em frente.

- A minha decisão está tomada.

Ele nao vai mudar de ideias, pois nao? Vai escolher a Morgan.
Eu não gosto dos Volturi
Tou a amar a fic *.*

que decisao????????


ai jacop nao faça nada de mal

Maiiiiiiiiiis
Realmente interessante o que se vai passar agora que Aro vai chegar!
Kiss

JACOB?? o que lhe deu? ele vai fazer o quê?

Palpites - Vai para casa do pai.
- Vai tentar 'salvar' Morgan, do que se sucede.
- Vai so dar uma volta. XD

Acertei algum?

Que será que o Aro vai ali fazer, LIEBE ja andas à dis caps a dzer que ele vai ai, mas ele nunca mais vem pah. XDD


Pq é que isto ja vai acabar? T.T